A Casa que Jack Construiu (2018).
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Segundo a sinopse do filme “A história segue Jack, um serial killer altamente inteligente, ao longo de doze anos, e descreve os assassinatos que realmente desenvolvem seu louco interior”. Neste filme temos uma das últimas participações de Bruno Ganz antes de sua morte este ano. Ele faz nada mais nada menos que Virgílio — aparentemente LVT acredita em um supra mundo místico à maneira que um Hermann Hesse em Lobo das Estepes.
Por minha vez, eu acredito em Karma Imediato ou Esquecimento Eterno, em injustiça universal, e, ao mesmo tempo, como explicar, em inferno e em céu também. Mas mesmo eles não são eternos. Nada é.
E não importa se na Noruega, EUA, Nova Zelândia ou Brasil, nós criamos vácuos de amor e civilidade que se tornaram potencialmente mortíferos. Como cobras criadas, acreditamos que eles não vão morder a mão que as alimenta, e deixamos as defesas caírem. Ninguém sabe lidar com isso, em nenhum nível, porque não queremos nos tornar o mal que desejamos exterminar; e deste mal ninguém conseguiu destilar algum antídoto.
Como quem olha tanto para o abismo que acaba sentindo o abismo olhar de volta, a humanidade, eu incluso, com todos os vieses que isso contém, já não percebe os percalços que ainda a espera e quanto sangue já derramamos para criar o mundo no qual vivemos.